Alimentação


Consumo de gordura trans não deve ultrapassar 1% do valor calórico da dieta



A aterosclerose, formação de placas de gordura e tecido fibroso nas paredes das artérias, consiste em um dos maiores riscos para a ocorrência de infartos e derrames, pois pode levar à total obstrução de vasos. Uma das principais formas de prevenção é evitar a formação de tais placas diminuindo a ingestão de gorduras, especialmente as do tipo trans.

Esse tipo de gordura é obtido pela indústria alimentícia por meio da hidrogenação, um processo químico que transforma óleos vegetais em gordura sólida. O nome “trans” vem de “transversos”, e se refere à disposição da cadeia de átomos dos ácidos graxos que compõem a gordura. “Além de aumentar os níveis de LDL (mau colesterol), as gorduras trans ainda diminuem os índices do HDL (bom colesterol)”, explica a nutricionista Camila Leonel Mendes de Abreu.

Vale destacar também que os ácidos graxos trans têm importante participação no acúmulo de gordura visceral (na região da cintura), e tomam espaço do ômega 3 e do ômega 6, gorduras vitais que não são produzidas pelo nosso organismo, constituindo assim um grande fator de risco para o desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares.

O que evitar

Os malefícios da gordura trans são tão perigosos que a quantidade máxima recomendada por dia é baixíssima. A Organização Mundial da Saúde (OMS) orienta que não ultrapasse 1% do valor calórico da dieta. Ou seja, em um programa de 2000 calorias, somente 20 poderiam vir de gordura trans. É o equivalente a dois gramas diários da gordura, cerca de três biscoitos recheados de morango. Para se ter ideia, uma batata-frita média de fast foods convencionais chega a ter oito gramas, o quádruplo do máximo recomendado.

A principal fonte de gordura trans é a gordura hidrogenada utilizada no preparo de muitos produtos industrializados, como tortas, bolos, biscoitos recheados, salgadinhos, coberturas, sorvetes e produtos de panificação.

“Encontramos esse tipo de gordura também em pipocas de microondas, óleos usados repetidamente para frituras, prática comum em lanchonetes fast food e restaurantes, temperos para saladas e margarinas sólidas. Ao escolher a margarina, prefira as com baixo teor de gordura. Uma dica para reconhecer é observar que quanto mais dura a margarina, maior a concentração de gordura trans”, explica Camila. Fique atento aos alimentos com consistência crocante, como nuggets e croissants, pois também costumam ter alto teor do componente.

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