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“Eu fumava muito e não praticava exercícios”



Uma alimentação balanceada é essencial para quem quer ter mais qualidade de vida, mas só isso não é o suficiente. Há 14 anos, Helle-Nice estava em um ritmo acelerado no seu trabalho e com problemas emocionais, não conseguiu perceber que estava a poucos dias de enfartar. Confira como ela conseguiu superar e mudar alguns hábitos que estavam afetando sua saúde:

Quando tive um infarto estava com 62 anos. Eu me considerava uma pessoa saudável, mas eu não tinha cuidado com minha alimentação. Trabalhava muito, então isso ficava em segundo plano. Além disso, nessa mesma época eu me separei do meu ex-marido, então, o trabalho era uma fuga para eu não pensar nisso. A principal causa do meu infarto foi o estresse emocional, além disso, eu fumava muito e não praticava exercícios físicos. Naquele tempo passei a me alimentar muito pouco, ficava na base do cafezinho e do cigarro.

Lembro-me que no dia que enfartei saí da Avenida Paulista para ir ao Pátio do Colégio e comecei a sentir um desconforto. Tive a impressão de que era um desconforto gástrico, um mal-estar estomacal. A dor foi se acentuando e daí eu percebi que não era nada digestivo. Quando cheguei ao local eu amoleci, tive um princípio de desmaio. Fui levada ao hospital e nem me lembro de mais nada depois disso. Já acordei na UTI com o procedimento feito, já estava com o stent implantado.

Eu mudei completamente após a ocorrência do meu infarto. Nunca mais fumei. Na UTI eu pensei muito no cigarro: ‘Nossa estou em uma UTI, e agora?’. E o médico me perguntou: ‘E o cigarro, como fica? E fumar?’ Nunca mais pensei no cigarro como algo a combater, eu simplesmente o aboli. Acho que o trauma e o susto foram muito grandes. Passei a me alimentar muito melhor. Logo depois disso, eu também me conscientizei que a minha rotina estava totalmente errada. Trabalhava demais e tinha uma alimentação desregrada, sem horário.

Olhando para o que aconteceu, eu mudaria algumas coisas em minha vida antes do infarto: deixaria principalmente de fumar e teria aprendido a lidar melhor com as emoções. Inclusive fiz até terapia para isso. Também procurei uma nutricionista para me orientar. Hoje em dia as pessoas têm acesso a tantas informações e orientações sobre qualidade de vida. Eu faço um trabalho desde aquela época, com os jovens. A sociedade precisa se conscientizar. Devemos seguir as regras básicas: alimentação adequada, exercícios físicos, não fumar, não beber e muito importante: cuidar do emocional.

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