Fatores de risco


Por que é importante cuidar o quanto antes do seu coração?



idoso velhice

Estilo de vida saudável diminui ritmo de desgaste do coração.

Se você não se preocupa com fazer exames de rotina ou procura um médico somente em caso de sintomas comuns, chegou a hora de mudar.

Engana-se quem pensa que a idade de uma pessoa equivale à do coração. Hábitos como sedentarismo e tabagismo aceleram o envelhecimento do órgão. Em consequência, aumentam os riscos do surgimento de doenças cardiovasculares.

A obesidade, por exemplo, faz com que o coração seja mais exigido para bombear o sangue. Já o cigarro, como estamos cansados de saber, contém substâncias tóxicas que degeneram vasos sanguíneos, contribuindo para provocar hipertensão arterial.

Pessoas acima dos 50 anos apresentam maior incidência de doenças cardíacas. Conhecer os antecedentes familiares com problemas desse tipo ajuda na prevenção, assim como prevenir e tratar doenças que possam ter efeitos sobre o coração, como estresse e depressão.

Gênero também é um fator que merece atenção. “Há diferenças na manifestação de doenças cardiovasculares em homens e mulheres. Nos homens, acontece mais precocemente e nas mulheres com mais frequência após a menopausa”, aponta Dr. José Francisco Kerr Saraiva, cardiologista da PUC Campinas.

Após a menopausa, mulheres correm maior risco de doenças no coração porque o organismo perde a proteção hormonal oferecida pelo estrogênio, que estimula a dilatação dos vasos sanguíneos e facilita a circulação do sangue. Além disso, falhas na prevenção contribuem para a maior incidência. “Na menopausa, muitas mulheres se preocupam mais com a prevenção do câncer de mama e do câncer de útero, por exemplo, mas em geral se esquecem de que têm excesso de peso, diabetes e pressão alta”, avalia Saraiva.

Segundo a American Heart Association, idosos têm risco 60% maior de serem hipertensos e probabilidade de 70% de desenvolver doenças cardiovasculares em geral. “A principal doença valvar que surge com o envelhecimento é a estenose aórtica. Há uma dificuldade progressiva na abertura da válvula durante o batimento do coração, dificultando o escoamento do sangue”, explica o cardiologista do Hospital de Clínicas da Unicamp, Dr. Rodrigo Modolo.

Algumas doenças congênitas podem não causar sintomas imediatos, mas requerem tratamento para impedir a progressão. “Doenças como a comunicação interventricular (CIV), comunicação interarterial, defeitos nas válvulas do coração, entre outras, causam degradação progressiva, e sem tratamento podem levar à falência do órgão em longo prazo”, alerta o Dr. Saraiva.

As doenças cardiovasculares são responsáveis por 29,4% de todas as mortes registradas no Brasil em um ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Esse número representa mais de 300 mil mortes. No mundo todo, os problemas cardíacos causam a morte de 7,2 milhões de pessoas a cada ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Evite alguns fatores reconhecidamente de risco, como alta ingestão de gordura e falta de atividades físicas. E não se esqueça de controlar as doenças crônicas, como diabetes e pressão alta.

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