Recomendado para pacientes com dificuldades em atingir níveis adequados de colesterol, medicamento aguarda definições de valores do governo.
Um laboratório farmacêutico americano acaba de lançar no Brasil uma novidade no tratamento do “colesterol ruim”. Trata-se de um inibidor de PCSK9, a proteína que reduz a capacidade do fígado de remover o LDL-C do sangue, colesterol responsável pelo entupimentos de artérias e que pode levar a infartos e outras doenças cardiovasculares.
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Regulamentado desde abril, o produto aguarda apenas a definição de valor pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) para ser disponibilizado no mercado. A empresa ressalta que o produto não substitui o tratamento convencional com estatinas, mas que deve ser utilizado como apoio. Cabe ao médico analisar a necessidade, de acordo com cada caso.
De acordo com as pesquisas, ao fazer uso dos dois medicamentos, até 94% dos pacientes atingiram a meta de LDL ideal em casos considerados de alto risco (menos de 70mg/dL). Esse número pode variar de acordo com a estatina utilizada em conjunto com o inibidor.
O dr. Francisco Fonseca, professor de cardiologia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), explica que, apesar de interferir diretamente no fígado, o medicamento não traz complicações para o órgão nem faz com que ele trabalhe de forma excessiva. “Os medicamentos convencionais dependem da integridade dos rins e fígado para serem eliminados. Esse novo medicamento, não, ele pode ser utilizado mesmo por pacientes com insuficiência renal ou alterações hepáticas. Ele é altamente específico para a tal proteína (PCSK9) e pode ser administrado com outros medicamentos”, afirma o médico. Pessoas que possuam intolerância às estatinas também poderão utilizar o medicamento.
Recomendado para pessoas que possuam HF (hipercolesterolemia familiar), devido aos altos índices de LDL, a medicação ainda traz a praticidade do uso: uma aplicação subcutânea a cada duas semanas., sendo que o próprio paciente poderá aplicar após orientação de seu médico.