Tratamento


Medicamentos pós-infarto atuam como prevenção secundária



remediosestatinasApós passar por um episódio de infarto ou derrame, muitas indivíduos se questionam: “doutor, vou ter que tomar remédios a vida inteira?”. A resposta, segundo a médica Maristela Monachini, do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, é sim.

O objetivo dos medicamentos é prevenir um novo quadro de doenças cardiovasculares, pois a chance do paciente ter um outro infarto aumenta em cinco vezes após sofrer o primeiro. “Ele vai precisar tomar diariamente um antiagregante plaquetário, para inibir a formação de trombos nas artérias. Remédios para controlar a pressão arterial e colesterol também estarão presentes na vida do indivíduo”, explica a cardiologista.

Para aqueles que passaram por uma angioplastia (procedimento cirúrgico para desobstrução das artérias) com a colocação de um stent farmacólogico, a fim de evitar um novo infarto, vai ser necessário uma dose dupla de antiagregantes. “Tudo isso porque existe um risco muito alto de se formar um coágulo dentro do stent. Enquanto uma placa de gordura demora décadas para se formar na parede das artérias, no stent é em questão de dias”.

Mas tão importante quanto os medicamentos, a mudança nos hábitos de vida é fundamental. “Trinta minutos de atividade física diária, como uma caminhada, podem diminuir em 50% a chance de o paciente infartar novamente. Além disso, é importante ter uma dieta saudável, com pouco sal e restrição de alimentos gordurosos”, completa Maristela.

Pressão alta

A hipertensão arterial está associada a mais de 50% dos casos de infarto e derrames. Medicamentos que estimulam a dilatação dos vasos sanguíneos — melhorando o fluxo de sangue — ajudam no controle da pressão, mas é fundamental ser regrado na hora de tirar a medida. “Muitas vezes o paciente acaba comprando aquele medidor de pulso, mas é preciso ficar atento para ver se ele está calibrado corretamente ou até mesmo se a pessoa sabe como fazer a medição. Muitos cometem o erro de não tomar os medicamentos por pensarem que a pressão está baixa segundo o aparelho. Não faça isso, pois é perigoso. Quando for a uma consulta com seu médico, leve o seu medidor para ele fazer o teste”, alerta a cardiologista.

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