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Insuficiência cardíaca é a segunda causa de internação no Brasil



Estima-se que 2% da população brasileira tenham insuficiência cardíaca (I.C). A cada ano, são 200 mil novos casos, segundo relatório divulgado recentemente pela SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), por meio do Departamento de I.C da entidade. A pesquisa foi realizada com aproximadamente 1,3 mil pacientes em 57 hospitais públicos e particulares.

“Esse é um dos primeiros registros da doença no país. Tínhamos o registro americano e o europeu e trabalhávamos dentro dessa estimativa. Entretanto, esses dados serviram para mostrar o quanto a incidência é alta por aqui”, relata o cardiologista Dirceu Rodrigues de Almeida.

A I.C é a segunda causa de internação hospitalar no Brasil, perdendo somente para a infecção pulmonar. A enfermidade ocorre quando o músculo cardíaco começa a ficar fraco, dilatar e passa a ter um desempenho muito ruim. O indivíduo não consegue subir sequer um lance de escadas, pois fica totalmente tomado pela fadiga.

“Ela é progressiva, crônica e vai afetar demais a qualidade de vida. De todas as doenças crônicas, a I.C é a que mais compromete a vida do paciente”, diz o médico.

É importante ficar atento, pois ela não aparece “do nada”. Na verdade, o quadro é consequência de vários outros agentes, como uma pressão alta não controlada, que no futuro pode resultar em derrame ou na própria insuficiência. “Aquele indivíduo que infartou e foi tratado, mas com o passar do tempo não foi tomando os devidos cuidados, pode ter a doença, também”, esclarece.

Insuficiência cardíaca merece toda a atenção, pois pode levar a óbito muito rapidamente. “Além disso, é uma enfermidade que pode levar o paciente a ficar bastante tempo internado. Mesmo depois de ter alta, o risco de uma possível re-hospitalização aumenta em 50%”.

Em fase avançada, quando o coração não consegue mais trabalhar sozinho, o paciente vai necessitar de um transplante. “Infelizmente, em nosso país nós esbarramos em um problema sério, que é a falta de doadores”, afirma o cardiologista. Valem, portanto, as recomendações sobre o assunto: converse com sua família e deixe claro seu desejo de ser um doador.

A cartilha da prevenção é praticamente igual à de todas as doenças cardiovasculares: controle da pressão arterial, da frequência cardíaca e do colesterol, além da prática diária de exercícios físicos.

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