A hipertensão arterial é uma doença caracterizada pela alta pressão que o sangue exerce para se movimentar nas artérias. Quando atinge valores maiores que 140/90 mmHg — ou 14 por 9 –, é necessário cuidado, porque se não controlada a hipertensão pode acarretar infarto do miocárdio, derrame, insuficiência cardíaca, falência dos rins, edema agudo dos pulmões (pelo acúmulo de sangue), crescimento do coração (miocardiopatia dilatada hipertensiva) e angina (dor no peito), aneurismas e dissecção de aorta.
Embora a hipertensão seja uma doença muitas vezes silenciosa, existem fatores de risco gritantes que devem ser levados em consideração para ficar em alerta sobre este problema, entre eles estão o histórico da doença na família, ingestão de grande quantidade de bebida alcoólica, tabagismo, dislipidemia (excesso de gordura no sangue), obesidade, vida sedentária, estresse e alimentação com excesso de sal.
Segundo pesquisas do Ministério da Saúde e dados das Sociedades Brasileiras de Cardiologia e de Hipertensão, mais de 17 milhões de brasileiros são hipertensos. A porcentagem da doença aumentou em todas as faixas etárias, já que atualmente, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais sofrem do problema, 14% da população de até 34 anos é atingida. O índice salta para 34,5%, dos 45 aos 54, e para 50,4%, dos 55 aos 64 anos. Ainda constatou-se que a ocorrência de hipertensão é mais comum no sexo feminino (27,2%) do que no masculino (21,2%).
Uma boa parte da população (24,4%) é portadora desta doença, que é responsável por 80% dos AVCs (acidentes vasculares cerebrais), 40% dos infartos e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. Apesar desses indicadores, apenas 23% dos hipertensos controlam corretamente a doença.
É imprescindível que tanto as mulheres quanto os homens façam sempre um check-up, que incluirá uma avaliação clínica para detectar a doença. Outro fator importante é prestar atenção nos sintomas da hipertensão arterial. Os principais são:
Pessoas que têm pressão alta precisam visitar o cardiologista pelo menos a cada seis meses. Já as que têm pressão de até 12 por 8, considerada normal, devem ir ao cardiologista uma vez por ano. As crianças também precisam ter sua pressão acompanhada pelo pediatra. Vale lembrar também que 90% dos indivíduos com mais de 55 anos podem desenvolver hipertensão, mesmo aqueles que nunca tiveram pressão alta.
Após o diagnóstico da hipertensão, inicia-se o tratamento que se constitui de:
É imprescindível que paciente não interrompa o tratamento, siga as orientações do médico e tome as medicações corretamente.