Tratamento


HCor lidera pesquisa brasileira para avaliar eficácia da estatina no infarto



O Instituto de Pesquisa HCor, em parceria com o BCRI (Instituto Brasileiro de Pesquisa Clínica) e com o Ministério da Saúde, lidera e coordena a maior pesquisa multicêntrica nacional destinada a 4,2 mil pacientes com infarto agudo do miocárdio. Deste total, 2 mil já estão sendo acompanhados em 50 hospitais brasileiros. Em parceria com o PROADI-SUS (Programa de Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde), o objetivo, denominado SECURE HCor, é testar formas de reduzir o risco decorrente de complicações de infarto como parada cardíaca e derrame, sem a necessidade de realizar outros procedimentos no futuro.

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No SECURE será testado outros mecanismos e ações das estatinas (medicação para reduzir o colesterol) que, a longo prazo, são benéficas para a prevenção de problemas cardíacos. Atualmente, as estatinas são recomendadas aos pacientes com doenças cardiovasculares no momento da alta hospitalar. Neste estudo, o uso das estatinas será testado na fase aguda do infarto do miocárdio. Isto é, no momento que o paciente chega ao PS com infarto, ele já recebe a estatina antes de ser encaminhado à angioplastia para o implante de stent.

De acordo com o responsável pelo IP HCor e coordenador do estudo, Dr. Otávio Berwanger, o SECURE é a maior pesquisa conduzida para avaliar a ação das estatinas na fase aguda do infarto, pois atualmente já se sabe a eficácia após a alta hospitalar. “Foi descoberto recentemente que as estatinas possuem outros mecanismos de ação como prevenção da função endotelial, anti-inflamatório potente, além da prevenção de formação de tromboses. Estes mecanismos estão implicados na piora do quadro de infarto e, se conseguirmos reverter estas ações, o paciente terá menor chance de complicações futuras”, esclarece Dr. Berwanger.

 

 

 

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