Fatores de risco


Como o fumo aumenta o risco de infarto?



cigarroUma epidemia. É assim que o tabagismo é classificado por especialistas e médicos da área. É considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a principal causa de morte todos os anos. O total de mortes no mundo chega a 10 mil por dia, totalizando 4,9 milhões anualmente.  E razões não faltam para largar vício.

Por mais que a legislação referente a publicidade sobre o cigarro e fumo em lugares fechados tenha avançado, a estimativa é que o cigarro ainda mate precocemente cerca de 80 mil brasileiros todos os anos — dez brasileiros por hora. Para não fazer parte dessas estatísticas, a recomendação não poderia ser mais óbvia: “o negócio é parar de fumar”, afirma o doutor Dr. Marcelo Cantarelli,  cardiologista coordenador da Campanha Coração Alerta, da SBHCI (Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista).

Algumas das sete mil substâncias do cigarro facilitam o processo de adesão de placas de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. A formação de coágulos também é mais rápida nos tabagistas. Em ambos os casos, o resultado é aquele que já conhecemos: dificuldade para passagem do sangue ou interrupção completa da circulação, que no caso de ocorrer em artérias do coração, leva ao infarto.  Fumantes têm três vezes mais risco de sofrerem um ataque cardíaco do que as pessoas que não fumam.

“O cigarro provoca mais de 50 doenças em nosso corpo. De maneira geral, uma pessoa que fuma tem três vezes mais chances de morrer por qualquer doença do que uma que não fuma. E, em média, dez anos a menos de vida”, alerta Cantarelli. Parar com o vício é fundamental, seja qual for a idade do fumante. O alerta é dobrado para os tabagistas que já possuem qualquer doença coronariana. “O cigarro, associado a outras doenças desse tipo, como obesidade, estresse ou pressão alta, é um gatilho para o infarto”, diz Cantarelli.

Veja Também