Atividade Física


Exercícios na infância aumentam chance de formar adultos ativos



Segundo um estudo do “New England Journal of Medicine” publicado em 2013, uma criança que está acima do peso no jardim de infância tem risco quatro vezes maior de ser obesa no futuro. Por isso, quanto mais cedo elas começarem a se exercitar, maiores são as chances de elas se tornarem adultos ativos e, consequentemente, prevenirem doenças do coração.

Para deixar de fazer parte do grupo do sedentarismo, a criança precisa gastar, no mínimo, 2.200 calorias por semana em atividades físicas.  “Hoje em dia elas passam horas em frente ao computador e celular e não praticam nenhum exercício ao ar livre. O correto é que a criança faça qualquer atividade, seja natação, futebol, vôlei, ou simplesmente brinque com os amigos de correr, andar de bicicleta. Coisas que se faziam antigamente, mas que hoje se perderam. O ideal é fazer todos os dias 60 minutos de atividades”, declara Daniel Santos, cardiologista e médico do esporte do HCor.

Dos cinco aos dez anos, indicam-se atividades físicas de intensidade moderada e vigorosa, como natação, aulas de dança, futebol e ginástica. Tais atividades aumentam a capacidade cardiopulmonar, flexibilidade, além de formar ossos e músculos mais fortes. “Os exercícios são ótimos para o controle da glicemia, dos lípides e da pressão arterial. Além disso, auxiliam no tratamento da ansiedade e depressão”, diz o cardiologista.

Além da falta de atividade física, o sedentarismo traz outro mal. Quando as crianças estão diante da televisão, é comum elas consumirem alimentos nada saudáveis, como refrigerantes, bolachas recheadas e salgadinhos. “Já cansei de ver pais que levam os filhos até meu consultório e desde cedo já estão com pressão alta ou problemas com colesterol”, diz Santos.

Dr. Santos explica que promover exercícios na infância é importante, mas é preciso ficar atento a possíveis problemas que possam estar relacionados à prática. “Crianças que apresentem algum tipo de sintoma relacionado à atividade física, como cansaço desproporcional ao exercício, palpitações, desmaios e dor induzida pelo esforço, devem ser encaminhadas para avaliação especializada”, recomenda.

 

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